Uma forma de avaliar o impacto das características na liderança é através do conceito de inteligência emocional, que emergiu na literatura acadêmica nos anos 90 com os trabalhos do psicológo social Peter Salovey de Yale e John D. Mayer um professor de psicologia de New Hampshire, eles são os criadores do nome Inteligência Emocional. A IE é um importante estudo em psicologia e tem sido amplamente estudado por pesquisadores e captado a atenção de muitos praticantes (BASS; RIGGIO, 2014; NORTHOUSE, 2016; STEIN; BOOK, 2011).
Segundo Goleman (1998) foi ele quem primeiro trouxe o termo inteligência emocional para uma ampla audiência com seu livro homônimo de 1995, e foi ele quem primeiro aplicou o conceito aos negócios com seu artigo de 1998 na Harvard Business Review. O autor descobriu que, embora as qualidades tradicionalmente associadas à liderança, como inteligência, dureza, determinação e visão, sejam necessárias para o sucesso, elas eram insuficientes. Líderes verdadeiramente eficazes também são distinguidos por um alto grau de inteligência emocional.
De fato, houve uma série de avanços nos estudos da inteligência emocional ocorridos em 1980, quando o psicólogo israelense nascido na América Dr. Reuven Bar-On começou seu trabalho de campo. Em 1985, Dr. Bar-On pensando ter encontrado uma resposta parcial de sua pesquisa, que tinha perguntas como: Porque pessoas com alta capacidade intelectual não apresentam sucesso na vida? Ele chamou este achado de Quociente Emocional (QE). Este quociente trazia um paralelo com as medidas de longa data das habilidades cognitivas ou racionais até então conhecidas como QI ou Quociente Inteligente, uma medida individual de intelecto, capacidade analítica, logica e habilidades racionais e concentrada em habilidades verbais, espaciais, visuais e matemáticas. Após longos períodos de estudos e adicionando elementos da psicologia positiva, que ganhava aceitação junto aos pesquisadores e a sociedade, somando a aparição do livro de Goleman, o pensamento sobre Inteligência Emocional se cristalizou e ganhou a atenção da mídia (STEIN; BOOK, 2011).
Segundo Goleman (1995) o QI não explica muito como pessoas em igualdade de condições intelectuais, de escolaridade e de oportunidade seguem caminhos tão diferentes. O pesquisador Howard Gardner percebeu essas limitações das formas pensar sobre inteligência e, portanto, dos testes de QI (Quociente de Inteligência), a conclusão de Gardner foi de que a Escala de Inteligência Stanford-Binet (QI) não previa desempenho bem-sucedido de ponta a ponta ou num subconjunto consistente de atividades que um ser humano executa ao longo da vida. Gardner contribuiu com a teoria das inteligências múltiplas reconhecendo uma visão multifacetada da inteligência, que oferece assim um quadro mais rico da capacidade e do potencial de uma criança para o sucesso na vida do que meramente o indicado no padrão de QI.
A inteligência emocional é uma combinação de domínio afetivo (emoções) e do domínio cognitivo (pensamento) e a interação entre os dois domínios. Enquanto a inteligência está preocupada com a capacidade do indivíduo em aprender informações e aplicá-las a tarefas da vida, a inteligência emocional está preocupada com a capacidade de compreender emocionalmente e aplicar esse entendimento à essas tarefas (NORTHOUSE, 2016).
Para Northouse (2016) a inteligência emocional pode ser definida como habilidade de perceber e expressar emoções, de usar as emoções para facilitar o pensamento, para entender e raciocinar com as emoções, e para gerenciar eficazmente as emoções dentro de si mesmo e nas relações com os outros (p.28).
Salovey e Mayer (2002) definem a inteligência emocional como a capacidade de perceber emoções, acessar e gerar emoções de modo a auxiliar o pensamento, a compreender as emoções e os significados emocionais e a regular as emoções de maneira promotora do crescimento emocional e intelectual. E no desenvolvimento do instrumento de medição a inteligência emocional foi definida como um conjunto de habilidades emocionais e sociais que influenciam a maneira como nos percebemos e nos expressamos, desenvolvemos e mantemos relacionamentos sociais, lidamos com desafios e usamos informações emocionais de maneira efetiva e significativa. Bar-On (1997) chama-a um conjunto de capacidades não-cognitivas, competências e habilidades que influenciam a capacidade de ter sucesso em lidar com demandas ambientais e pressões (STEIN; BOOK, 2011.p.13).
Existem diferentes maneiras de denfir a inteligência emocional, para Goleman ela inclui autoconhecimento ou autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidade social. Para Salovey ela representa a auto percepção, auto expressão, relações sociais, tomada de decisão e gerenciamento de estresse. Da mesma forma existem diferentes instrumentos para medi-la (NORTHOUSE, 2016; GOLEMAN, 1995; STEIN; BOOK, 2011).
De acordo com Goleman (1998) outros pesquisadores confirmaram que a inteligência emocional não apenas distingue líderes destacados, mas também pode estar ligada a um forte desempenho. As descobertas de David McClelland, pesquisador em comportamento humano e organizacional, são um exemplo (p.3).
Há um debate no campo sobre o quão grande é o papel da inteligência emocional em ajudar as pessoas a serem bem-sucedidas na vida. Alguns pesquisadores, como Goleman (1995), sugeriram que a inteligência emocional desempenha um papel importante em saber se as pessoas são bem-sucedidas na escola, em casa e no trabalho. Outros, como Mayer, Salovey e Caruso (2000), fizeram afirmações mais brandas sobre a importância da inteligência emocional para enfrentar os desafios da vida (NORTHOUSE, 2016).
Para Northouse (2016) como uma habilidade ou característica de liderança, a inteligência emocional parece ser uma construção importante. A premissa subjacente sugerida por esta estrutura é que as pessoas que são mais sensíveis às suas emoções e o impacto de suas emoções nos outros serão líderes mais eficazes.
Caruso do Centro da universidade de Yale, afirma que a inteligência emocional não deve ser vista como oposta à inteligência racional, ela é a intersecção entre ambas. Na literatura acadêmica, a inteligência emocional permite que os lideres sejam mais inovadores e ajam como agentes de mudança, ela é a base vital das habilidades cruciais para o sucesso na era da quarta revolução industrial. Acadêmicos especializados no estudo da inteligência emocional mostram que a diferença entre os grandes decisores e os decisores comuns está em seu grau de inteligência emocional e na capacidade de a cultivarem e forma contínua (SCHWAB, 2016).
Estudos apontam que a liderança transformacional autêntica que evoca a emoção dos seguidores, a empatia e a comunicação, bem como a liderança carismática guardam forte correlações positivas com as escalas de medição da inteligência emocional (BASS; REGGIO, 2014).
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Este texto é parte da minha dissertação de mestrado sobre liderança, para ler a dissertação na íntegra acesse aqui